ESCOLA EMÍLIO TARRAGO: agosto 2013

Como educar filhos hoje em dia - Içami Tiba

(DIVULGANDO O QUE ACHO CORRETO)
Afinal, o mundo não esta composto apenas de pessoas com más ideias.

DICAS DE COMO EDUCAR FILHOS HOJE EM DIA
(Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/08 com alguns ajustes atualizados. E-mail recebido do Capitão Wilson, comandante da 1.ª CIA/PM, do 16.º BPMI/Fernandópolis,SP).

1. A educação aos filhos não pode ser delegada à escola. Escola é para ensinar a ler e a escrever, acrescentando-se algumas noções de bons costumes e boas maneiras. Aluno é transitório. Filho é para sempre. Quem os pôs no mundo tem o dever de educa-lós no amor e na autoridade.

2. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão. Deve ganhar a confiança em suas habilidades e não na incompetência, gritaria e nervosismo.

3. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, brinquedos, etc. Se for colocar o filho para cumprir castigo, que seja em um local adequado, sem que possa ter possibilidade de se divertir. Castigo é privação de lazer, não é diversão. O Castigo deverá ser cumprido em local que a criança tenha a oportunidade de refletir sobre seus atos.

4. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Todas as crianças são propensas a fazer coisas erradas e necessitam de disciplina à altura, a fim de sentir as consequências de seus atos.

5. É preciso confrontar o que o filho conta como se fosse a verdade real dos fatos. Se o filho falar que professor o xingou, os pais têm que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas. Acreditar somente na versão do filho é a mesma coisa que pensar que todas as pessoas estão permanentemente erradas, e os filhos são os eternos “santinhos”.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar e exercer a autoridade no lar. Lar é o ambiente saudável que existe dentro de uma residência. Os pais não podem sucumbir aos desejos da criança. Dependendo da situação, se a criança não quer comer, a mãe não pode insistir em alimenta-lá. A criança deverá aguardar até a próxima refeição que a família fará, a fim de sentir o que é ter fome. Em casa que tem comida, criança não morre de fome. Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer. Também é responsabilidade dos pais não “estragar” as principais refeições da criança com alimentos fora de hora. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente. A teimosia e a rebeldia do filho deixarão de existir aos poucos e à medida que a criança perceber que seus pais estão em unanimidade de propósito (estão unidos) para cria-lá com os dois “As”: Amor e Autoridade.

7. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada durante a prova bimestral. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender a matéria.

8. É preciso transmitir aos filhos a ideia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

9. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer imediato. E o prazer é inconsequente. Somente muito diálogo, amor, disciplina e fé em Deus (efetiva) poderão livrar uma criança ou um adolescente do imediatismo.

10. A gravidez precoce pode até ser considerada um sucesso biológico, mas é um fracasso sob o ponto de vista moral, espiritual, psicológico e social.

11. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está sadio, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa para fazer uso da droga. A mãe não pode não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo, tentando dissuadi-ló da ideia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve ama-ló, mas “abandona-ló” em seu intento, e quando ele sentir vontade de se relacionar pacificamente, a mãe deve recebe-ló com amor.

12. Por muitas vezes a mãe é incompetente para “abandonar” o filho. Se soubesse faze-ló, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, pronta a aceitar os seus erros, não a respeita e certamente abusará dessa situação. Mais tarde, porém, acusará a mãe por nunca lhe ter ajudado a se livrar das drogas.

13. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria virá logo. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.

14. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo. O ditado funciona: se não souber usar, vai faltar! Se o filho não der valor nas coisas que tem, terá de aprender a viver sem nada, até que reflita e volte a valorizar as coisas.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar os avós é obrigação. Ser polido (educado) é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele deverá perde-lo se for mal na faculdade.

15. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Palpite não é cabível Nunca. Alguns pais deixam os filhos com os avós e estes últimos (os avós) se vêem no direito de “ajudar a educar”. Isso é errado! Deve haver um acordo com os avós para que estes não interfiram na educação dos netos.

16. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também. Alguns pais não estão preparando seus filhos para a sociedade. Alguns pais já dizem: não agüento mais esse menino, essa menina! Ora, se os próprios pais não o suportam mais, quem os suportará? A escola? A Igreja? A Polícia?

17. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem “vidas”, e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida. Os cuidados em relação aos estabelecimentos que alugam os computadores para os adolescentes usarem devem ser muito maiores que os pais têm dado. O certo é não permitir que os filhos freqüentem estes locais.

18. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo. Filhos drogados, em sua maioria, são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

19. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar, ou seja, deverá fundamentar sua opinião. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

20. Dinheiro “a rodo” para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar. A criança que pensa que o dinheiro compre tudo, jamais saberá dar valor aos bons preceitos de educação, valor à vida e à honestidade. Dinheiro traz conforto, não felicidade.

Frase: “A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a Igreja e o ensina os Caminhos de Deus, através da Palavra de Deus, não irá buscá-lo na cadeia...”